terça-feira, 10 de março de 2015

Mãe, jogo online não se pausa!





Com certeza essa é uma das frases mais famosas entre os gamers. Eu mesma, esses dias, fui obrigada a utilizar o "Mãe entenda, isso é um jogo online. Não tem como dar pause."
 Lembrando disso, parei pra pensar na expressão de confusão que ela fez e do que falou em seguida: "Ah, então pede dois altos!" , rir foi inevitável, porém, depois que a partida terminou eu fiquei pensando E se fosse uma emergência?
 
 Se fosse uma emergência, me conheço e sei que largaria tudo na hora, porém, tem muitos que não entendem o termo E M E R G Ê N C I A. (  E quando falo muitos, me refiro tanto aos jogadores quanto aos pais/mães/irmãos e blá blá blá. )

 Pessoas como eu, jogam pra relaxar, pra distrair a mente , pra "socializar" com os amigos, enfim, jogamos por diversão.O jogo é importante pra mim tanto quanto a novela das 21h é importante para minha mãe, ou seja, adoro poder jogar mas sobrevivo bem sem.

 O mais importante pra ter uma convivência  saudável, sem ter que abdicar da sua paz de espirito é fazer os seguintes questionamentos : Até onde o jogo é importante pra quem joga? Qual o limite do" não posso" parar agora? Até onde vai a compreensão dos familiares? O que define uma emergência? Vale mesmo a pena deixar de ser útil por causa de um jogo?
 
  Veja bem, quando você se faz esses questionamentos, seja você uma mãe preocupada com o vicio do seu filho, ou um filho sem paciência pras brigas da sua mãe, você se da a chance de achar o meio termo. Não adianta simplesmente dizer : "Eu não quero que ele(a) jogue." ou " Nossa minha mãe é tão chata, vive pedindo pra eu sair do computador." O máximo que vocês vão conseguir com esse tipo de atitude é criar atrito.

 Claro que eu entendo que é muito difícil pra uma mãe acreditar que jogar vídeo-games é uma atividade saudável. E entendo também o quão é difícil explicar pra um adolescente que não é saudável jogar quando o jogo deixa de ser diversão e passa a ser vicio.  O ideal é que haja um acordo entre ambas as partes.


  "Mas Sui como eu vou fazer isso?"


Bom cada caso é um caso, aqui em casa, por exemplo, minha mãe sempre foi a favor dos jogos, então ela só reclama quando euzinha extrapolo o limite do aceitável, ou seja, quando eu deixo de viver pra jogar.

  É muito importante pra você gamer , encontrar seu limite. Preste atenção em quantas horas diárias você costuma passar jogando. Se for superior às 10 horas na frente do pc, amigo, você ta com problemas. Veja também como você se sente quando por qualquer motivo você é obrigado a sair do jogo, se você se irrita e tem vontade quebrar tudo, você está doente. A não ser que você seja um profissional, ou seja, se você não se sustenta com aquilo, pare! O tempo assim como o jogo online não tem pause, você não vai viver eternamente embaixo da aza dos pais/responsáveis. O mundo real não perdoa Noobs e se você não respeita os termos de uso, você literalmente se lasca. Organize seu dia brother, não deixe de estudar/trabalhar, não sinta vergonha em ser útil em sua casa. Quando alguém te pedir pra lavar uma louça, dobrar uma roupa ou arrumar seu quarto não torça o nariz e faça birra. Se estão te pedindo ajuda, é por que você presta pra alguma coisa. Foda vai ser quando deixarem de te cobrar, porque ai, vai ser o ponto que vai definir você como uma ameba em coma.

  E você que ta do outro lado da moeda, tente entender que jogos estimulam o raciocínio lógico, trabalho em equipe, além de desenvolver a habilidade de resolver com mais rapidez e eficiência problemas complicados. Converse com seu gamer , estabeleça junto a ele(a) condições para jogar "em paz". Tenho um amigo que conversou com a família e chegaram ao seguinte acordo: Desde que ele trouxesse notas ACIMA de 8 no boletim, ele poderia jogar o quanto ele quisesse. Mesmo jogando diariamente, ele conseguiu um emprego de meio período (por vontade própria) e quando ele não logava por meses sabíamos que ele tinha sido reprovado em alguma matéria. E o melhor de tudo, ele conseguiu reduzir a 0(zero) a quantidade de brigas em casa. Agora, se o seu gamer já é uma pessoa crescida (+18), você precisa ser firme, não adianta você dizer: - Sai já dessa merda e vá arrumar um emprego! - se você continua pagando internet e o cartão de credito dele(a). Seja exigente, lembre-se que ele(a) já não é uma criança, e sua obrigação de sustenta-lo já acabou. Se ele quer um jogo novo, que trabalhe e ganhe dinheiro para ter. "Mas Sui, ele(a) ta fazendo faculdade, prefiro que ele não trabalhe e foque-se nos estudos." Ótimo, exija o rendimento. Você precisa aceitar o fato de que seu "projeto de ser humano", já está na edição do layout final, e que ele tem que começar a aprender a prestar contas.


  As coisas são muito mais simples quando há um dialogo, quando juntos vocês consigam chegar a um acordo. Paciência e compreensão de ambos os lados são pre-requisitos pra se construir uma relação saudável.




                                                 Até a próxima pessoal!

4 comentários:

  1. Meus micos tinham que encabeçar a lista. Né? kkkk
    Mas, falando sério, concordo com as observações de Sui. Pelo menos aqui em casa sempre funcionou. É bem verdade que sou muito complacente e prefiro engolir certas coisas para evitar maiores stresses. Entretanto, como o tema é jogo, posso dizer que consegui evitar o vicio, principalmente de Sui, sendo mais observadora que crítica. Dessa forma pode conhecer um pouco mais os efeitos positivos dessa prática dos gamer's, o que me deu condições de refrear os impulsos, tanto das minhas cobrança, quanto do tempo por ela dispensado à essa pratica. Pra falar a verdade, não sou boazinha não...kkkk É que prefiro ter uma gamer ao alcance dos meus olhos que uma baladeira perdida na noite e entregue a todos os riscos que essa outra prática traz...kkkkkkkkkkkkkk Pronto falei tô leve!!!

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  2. "É que prefiro ter uma gamer ao alcance dos meus olhos que uma baladeira perdida na noite e entregue a todos os riscos que essa outra prática traz" Se eu tiver um filho kue ele(a) seja gamer!

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